quinta-feira, 7 de abril de 2011

A RELAÇÃO DO FETO COM OS ORIXÁS

(Olukó Brad Pághanni de Oxalá)


Feto tem Orixá? Tem Odú? Onde entra Babá Ajalá nesta história? O que é Abiaxé e Abikú? Saibam aqui, no blog Sociedade Candomblé Moderno.


            Eu pude observar que essa é uma pergunta realmente muito curiosa entre as pessoas que praticam o candomblé.

            Antes de entendermos se feto tem Orixá, precisamos primeiro saber o que é Orixá.
            Orixá é o nome da energia da natureza adaptada à cabeça humana.

            A gravidez está ligada a diversos processos, todos correlacionados aos quatro elementos e suas significações. A ordem desses elementos são: terra, fogo, água, e ar. A terra, representando a materialidade, mostra conotativamente sua presença no ato sexual. O fogo representa o processo de evolução do feto, pois na magia, o fogo significa a força do movimento. Em seguida, a água – representada pelo líquido encontrado na bolsa – a qual o feto reside. Por final, o bebê recebe o ar... Assim quando nasce.

            Ifá nos ensina que um ser humano só mune seu Orixá – quando recebe todos os quatro elementos. Logo, ele só poderá receber o ar (não necessariamente o oxigênio); ao nascer (é quando ele tem a independência para respirar sozinho). Então, podemos concluir que – somente no nascimento, o ser humano recebe seu Orixá.

            É possível afirmar que, durante a gestação, o feto possui a proteção de Yiamí Oxorongá. Entretanto, é considerada uma proteção, longe do conceito que se refere à posse da cabeça.



Perguntas Freqüentes Sobre o Assunto:


            “É possível saber o Orixá do meu neném antes de seu nascimento?”

            - Não. Como podemos observar nos ensinamentos de Ifá, o neném só recebe seu Orixá ao receber influências energéticas dos quatro elementos. Podemos ver também, que a conclusão da recepção desses quatro elementos só é confirmada na hora do nascimento: a hora em que se recebe o quarto elemento (ar). É a hora exata em que o neném pode respirar por conta própria. Dar o primeiro suspiro por independência.





           
“Dizem que o neném recebe seu Orixá no ato em que ocorre a fecundação, pois Orixá é vida. Isso prossegue?”

            - Não. Existe Ikú: o Orixá da morte. Nem sempre o espermatozóide se desenvolve no óvulo, mesmo tendo acontecendo tal encontro. Houve então, de alguma forma, ausência de vida.


            “É possível receber nosso Orixá a partir do momento em que escolhemos nosso Orí perante a Babá Ajalá?”

            - Impossível. Primeiramente, isso é uma visão FIGURADA. Não é ao pé da letra. Se nós recebemos o Orixá ao receptar os quatro elementos, somente em condição humana podemos ter Orixá. Espírito não tem matéria. Logo, “não tem terra”.


            “Qual a possibilidade de existir um Abiaxé?”

            - A possibilidade é certamente nula. Diz-se abiaxé o neném que nasce feito. Se feto não tem Orixá, não existe a possibilidade de algo que não existe ser feito.


            “Se Feto não tem Orixá, porque existe Abikú?”

            - Ikú não se torna dono da cabeça de ninguém. Abikú é o adjetivo usado para aquele que quase morreu na hora do parto. Abikú remete à aproximação da morte, na hora em que ocorre a vida (nascimento). Esse fenômeno não atinge somente o neném. Pode atingir a mãe também. Quando a mãe morre, o neném é um Abikú, pois, na hora do nascimento, a morte de aproximou.


            “Criança de seis, sete anos, quando morre, é abikú?”

            - Não. Abikú é o adjetivo usado para aquele que teve a morte próxima na hora do nascimento. Somente na hora do nascimento. Há a probabilidade de atingir a mãe do neném.


            “Quais as principais características de um Abikú?”

            - Todos e quaisquer Abikús só são abikús porque tivera a morte próxima, bem na hora do nascimento. Então, a principal característica de um abikú e a “quase morte”. Essa “quase morte” pode ser causada por diversos fatores: má formação do feto, cordão umbilical enrolado no pescoço... Má posição... Há uma infinidade fatores que podem levar a morte na hora do nascimento.


            “Feto tem Odú?”

            - Parcialmente sim. É na formação do feto que o Odú se desenvolve.

4 comentários:

  1. eu perdi ,o meu primeiro ,filho aos 7 meses a 18 anos atraz ,[ nasceu em janeiro e morreu em agosto um sofrimento indescritível ,quase perdi ,a sanidade mental ,quando foi no meado de dezembro de 1998 engravidei ,foi isso que me livrou da loucura total ,meu segundo filho, estar hoje com 13 anos ,+ antes dos 7 meses e sete anos dele eu fiquei com muito medo de passar por tudo outra vez

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. eu tenho 47 anos já entrei na menopausa e perdi uma gestação a 2 anos com um tombo que levei estava com 5 semanas ,sofri + superei bjsss a todos ,

      Excluir
  2. Oi. É verdade que um abiku não incorpora, não recebe nenhuma entidade? Se isso não tem nada a ver, como eu posso me acostumar com a ideia de ver uma pessoa de quem gosto tanto receber uma entidade qualquer sem que eu me preocupe com isso, fique assustado? Pergunto porque não entendo desses assuntos, e estou me relacionando com uma pessoa que é abiku e que diz que abiku não incorpora. Só que essa pessoa ficou sabendo que incorpora sim, e ela, no centro que frequenta, tem sentido cada vez mais as vibrações, as pernas tremem, mas ainda está nessa fase. Eu confesso que eu tenho medo, pois já falei para essa pessoa das experiências nada boas que minha mãe (que não era abiku) tinha quando incorporava. Quero não ter esse medo, mas tenho, até porque vejo as pessoas (como minha mãe), completamente alheias ao que está acontecendo com elas quando incorporam, e depois que passa, é como se nada tivesse acontecido, pois não têm lembrança alguma do ocorrido. Estou vendo a hora que meu companheiro vai chegar para mim e dizer que incorporou: quero ficar feliz por ele, pois gosto muito dele, mas confesso que terei muito medo, pois só de pensar que isso pode acontecer quando estivermos só ele e eu, confesso que não gosto muito da ideia. Até já falei para ele que prefiro não saber quando acontecer, mas eu tenho que entender, pois é a missão dele. Por que quem incorpora fica completamente alheio ao que está acontecendo? Confesso que só de estar escrevendo este texto já estou sentindo muito medo, pois toda hora imagino a cena que sinceramente prefiro nem imaginar. Se alguém aqui puder me ajudar com as respostas necessárias, vou agradecer e muito, pois quero saber como agir sem medo, quero ficar feliz de verdade por ele sem medo. Desculpe o texto longo.

    ResponderExcluir
  3. Pode tomar obrigacao estando gravida?

    ResponderExcluir